terça-feira, 23 de julho de 2013

Operacional ou estratégico?


Olá pessoal,

Gostaria de compartilhar esse texto de Eugenio Romanini, gerente de TI no CDL de Porto Alegre, gosta de contar historia e é cozinheiro de final de semana.  Me identifico um pouco com esse perfil por isso gosto de ler o Blog dele.  Essa história abaixo é bastante a realidade de nossas empresa, talvez até a sua em que trabalha.

Por isso boa leitura e uma ótima reflexão, pois é importante que nós profissionais saibamos discernir situações e resolve-las, levando sempre para os nossos chefes problemas, mas também sluções.

Att,


JC


Eugênio Romanini // quinta-feira, 20/06/2013 11:03

Essa discussão entre ser Operacional e Estratégico não é novidade e não se restringe a uma única área. É comum ouvirmos pessoas das mais diversas áreas dizerem “Preciso ser mais estratégico, estou sendo muito operacional”, isso quando o chefe não diz durante um bate-papo.

Essa “divisão de status” remete que Operacional não agrega valor, o cult é ser Estratégico. Uma coisa é certa. Não dá para todos na empresa serem estratégicos o tempo todo, e muito menos serem operacionais o tempo todo.

Deficiência com a padronização de processos, equipe reduzida ou com falta de conhecimento e habilidade para executar rotinas, tendem a criar um ambiente onde o operacional suga as iniciativas estratégicas.

A TI é um caso clássico. Existe uma parte da TI que é, e deve ser extremamente operacional e “pés no chão”. A TI Operacional é a que sustenta a operação do negócio, é aquela TI que quando funciona bem ninguém percebe que existe.

Manter o sistema de e-mail, links de comunicação, sistemas disponíveis, backups, estrutura de diretórios, perfil de usuário, políticas de acesso, atualização de paths e sistemas, entre tantas outras atividades é operacional e precisa ser. É essa TI Operacional que permite a TI exercer seu papel estratégico. Está cada vez mais fácil, barato e seguro terceirizar a TI Operacional, e é aqui que entra o risco para os CIOs que comandam TIs muito operacionais.

A TI não deve ser estratégica só por vontade de ser. É a organização que imputa a ela a necessidade de ser estratégica ou é a própria TI/CIO que consegue estabelecer o link estratégico com a organização, principalmente através da análise das tendências tecnológicas.

A TI estratégica precisa andar junto com a organização. Em alguns momentos a TI percebe primeiro algumas necessidades organizacionais, isso é natural, uma vez que a tecnologia anda muito mais rápido que outros assuntos da organização. Quem percebeu primeiro a necessidade de estabelecer políticas para o BYOD (Bring Your Own Device) foi a TI e não o Recursos Humanos, embora essa prática possa trazer impactos trabalhistas.

A TI percebeu o BYOD primeiro por que os equipamentos são tecnológicos e precisam da TI Operacional para funcionar, a partir daí passou a ser um assunto de ordem Estratégica.

Não é razoável ser uma TI Estratégica se a TI Operacional não está funcionando bem, o que geralmente “mata” mais rápido uma TI é a parte operacional e não estratégica.

Fique um dia com os links de comunicação fora do ar, sem e-mails por algumas horas ou com o sistema de faturamento “travado” no dia de fechamento do mês, para ver. Invista energia para ter uma boa TI Operacional e se estruture para ser também uma TI Estratégica. A maneira de fazer isso é “colar” na estratégia da organização.

A TI Estratégica deve olhar para os objetivos estratégicos da organização e avaliar onde agrega valor. Alguns objetivos estratégicos tem integração nativa com a TI. Imagine que a sua empresa tem como objetivo estratégico implantar e-commerce.

É claro que a TI tem muito a contribuir nesse projeto, a TI aqui é muito estratégica e na sequencia se tornará operacional. Não é em todos os objetivos estratégico que a TI vai cooperar.  Imagine outro objetivo estratégico chamado Implantar Cultura de Meritocracia, para este, é certo que a TI cooperará menos.

Quando as TIs conseguem enxergar de forma clara o momento de ser Operacional e o momento de ser Estratégico, os resultados aparecem com mais tranquilidade. A organização precisa saber e entender isso.

Tudo que é estratégico um dia vira operacional, a não ser que a estratégia desenhada não tenha dado resultado. Isso é fato. Entre ser estratégico, operacional ou dois, escolho ser os dois. E você?

* Eugênio Romanini é Gerente de Tecnologia e Negócios e Mestre em Estratégia Empresarial.

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