Hoje estou na roça. Ao mesmo tempo que estou escrevendo, escuto uma conversa animada de um casal de sabiás. Como é tranquilo estar aqui, o descanso que não encontramos na cidade aqui encontramos. O relógio não tem pressa, a correria anda devagar, a única urgência é fechar as janelas nas tardes chuvosas.
Acho interessante que o povo é mais cordial. Pessoas que nunca vi me cumprimentam: "bom dia", "boa tarde"... Com raras exceções, os vizinhos estão sempre prontos para ajudar. Quando alguém viaja, um vizinho toma conta das criações dos outros e assim a política da boa convivência vai sendo passada de geração em geração.
Nesse ambiente é mais fácil entender a passagem de Mateus 6,26, onde está escrito: Olhai as aves do céu: não semeiam nem ceifam, nem recolhem nos celeiros e vosso Pai celeste as alimenta. Não valeis vós muito mais que elas? Quem vive isso, pode se considerar um milionário, não precisa de mais nada.
Acho que poderíamos diminuir um pouco o ritmo. Na cidade todo mundo tem pressa, o mundo gira mais rápido, às vezes mais rápido que o compasso das nossas vidas. Assim, não temos segundos preciosos para curtir nossa família, nossos amigos, nós mesmos.
Quando tiver um tempinho, diminua o ritmo, olhe ao redor e vislumbre as belezas que o Criador fez para você, mesmo que não esteja na roça.
É isso aí, Javé Yiré
Forte Abraço,
Uanderson